A A.D.C.C. Filhos de Gandhi realizou apresentações culturais de maculelê e capoeira.  O artista plástico Jonathan Willian - jovem mauaense e artista autodidata - expôs suas obras no Plenário Ruy Barbosa. 

Cathiara Alves de Oliveira, orientadora social da Prefeitura de Mauá e participante de coletivos negros em Mauá, representou a população negra da cidade. Em sua fala, retomou o processo histórico de marginalização da pessoa negra e afrodescendente, proporcionando uma reflexão sobre as raízes do racismo. A partir de exemplos práticos, demonstrou a importância do reforço positivo para crianças e jovens negros conquistarem seu lugar de direito na sociedade.

A ex-vereadora Diva Alves pontou sua preocupação em relação ao futuro da população negra brasileira. "Precisamos nos manter unidas e unidos, para que nossos direitos tão duramente conquistados não sejam extintos a partir do ano que vem. Muitas de nós fomos empregadas domésticas, pois era o lugar no qual a sociedade nos colocava. Temos que continuar lutando e vencendo, como as pessoas aqui hoje homenageadas, e ocupar cada vez mais o espaço que nos é de direito", afirmou a ex-vereadora.

Mestre Gildásio Pereira de Oliveira, Gerente de Promoção de Direitos da Secretaria de Justiça e Defesa Social da Prefeitura de Mauá, ao fazer uso da tribuna, destacou as conquistas da capoeira mauaense em níveis estaduais, nacionais e sulamericanos. "Reconhecemos também, por meio dessa Sessão Solene, o trabalho de atletas que carregam o nome de Mauá e trazem orgulho para nossa cidade", afirmou o gerente. 

Meire Terezinha, presidenta da União das Escolas de Samba de Mauá (UESMA), lembrou o início das agremiações no Município, e conclamou à população para que se una em prol da celebração do Carnaval. Segundo ela, a cultura carnavalesca "é uma forma de Economia Criativa, onde todos ganham. O samba, além de ser uma expressão da nossa cultura, faz 'girar' a economia. O Carnaval, não somente durante seu período de realização, mas durante todo o seu processo, proporciona emprego para inúmeras negras e negros: carnavalescos, costureiras, aderecistas...", explicou.

O evento é realizado anualmente com base na Lei Municipal nº 3.591/2003, de autoria do então vereador José Luiz Cassimiro.