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- A Comissão da Verdade no Município de Mauá: criação, princípios e objetivos - Audiências Públicas: “Ditadura Militar: fatos e consequências das perseguições” - Exposição: “Registros da Ditadura Militar no ABC” - Relatório Final da Comissão e seus desdobramentos Além disso, é possível fazer o download do material relacionado (cujos links encontram-se ao final dos tópicos). A COMISSÃO DA VERDADE DE MAUÁ: criação, princípios e objetivos
CRIAÇÃO
A Comissão Especial Temporária denominada Comissão da Verdade do Município de Mauá foi criada por meio do Requerimento 1.327/13, de autoria do Vereador Wagner Rubinelli (Processo 82.275). Os trabalhos da Comissão da Verdade de Mauá foram iniciados entre 22 de outubro de 2013 e encerrados em 16 de março de 2015, tendo sido composta pelos vereadores Wagner Rubinelli (presidente), Edgard Grecco Filho (vice-presidente) e Ricardo Manoel de Almeida, o Ricardinho da Enfermagem (relator). Essa Comissão teve como objetivo colaborar com a Comissão Nacional da Verdade, instituída pela Lei Federal nº 12.528, de 18 de novembro de 2011, e com a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, instituída pela Resolução n° 879, de 10 de fevereiro de 2012. Buscou-se esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos ocorridos no Município de Mauá. Além disso, esclarecer os casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres (e seus autores) e a identificação e publicização das estruturas, dos locais, das instituições e das circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade brasileira, especificamente as que envolvem ou envolveram o Município de Mauá e seus cidadãos. PRINCÍPIOS
Os trabalhos da Comissão da Verdade de Mauá foram norteados pelos seguintes princípios: I - Interação democrática entre a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo e a Comissão Nacional da Verdade, como instrumento de fortalecimento do direito a memória, a verdade e à justiça; II - Promoção de esclarecimentos em relação às graves violações de direitos humanos ocorridas no Município de Mauá ou praticadas por agentes públicos municipais, durante o período fixado no artigo 8° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.OBJETIVOS
Os objetivos da Comissão da Verdade de Mauá foram: I - Esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos ocorridos no Município de Mauá; II - Promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria; III - Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade; IV - Encaminhar aos órgãos públicos competentes toda e qualquer informação obtida que possa auxiliar na localização e identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos, nos termos do Artigo 1° da Lei Federal n° 9.140, de 04 de dezembro de 1995; V - Colaborar com todas as instâncias do Poder Público para apuração de violação de direitos humanos; VI - Recomendar a adoção de medidas e políticas públicas para prevenir violação de direitos humanos, assegurar sua não-repetição e promover a efetiva consolidação do Estado de Direito Democrático; VII - Promover, com base nos informes obtidos, a reconstrução da história dos casos de graves violações de direitos humanos, bem como colaborar para que seja prestada assistência às vítimas de tais violações. Para o download desse material, clique aqui. Para voltar ao topo, clique aqui. AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Foram realizadas 2 (duas) audiências públicas, a primeira em 25 de abril de 2014 e a segunda em 06 de agosto de 2014, ambas no Plenário Ruy Barbosa, na Sede da Câmara Municipal de Mauá, e denominadas “DITADURA MILITAR: FATOS E CONSEQUÊNCIAS DAS PERSEGUIÇÕES”. Na oportunidade, prestaram depoimento, convidados por sugestão dos membros da Comissão, pessoas que, direta ou indiretamente, tinham relatos a fazer sobre o período da Ditadura Militar e as graves violações aos direitos humanos ocorridas, cujo rol é dado a seguir. Na audiência de 25 de abril de 2014: - o representante do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá (Condephaat-Ma), Professor William Puntschart - o ex-deputado federal Ricardo Zaratini - a representante do Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá e Região, Maria Júlia Oliveira Lobo - o Padre José Mahon - o ex-vereador de Mauá Olivier Negri Filho Na audiência pública de 06 de agosto de 2014: - a Coordenadora de Políticas de Direito à Memória e à Verdade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, Carla Juliana Picinati Borges - o Padre Walfrides Praxedes - Hélio Jerônimo da Silva - Luiz Soares da Cruz - a ex-vereadora de Mauá Diva Alves - a professora mestre da Faculdade FAMA, Raquel Quintino. Para acesso completo às Atas das Audiências Públicas, consulte: - Ata da Audiência realizada em 25 de abril de 2014 (clique aqui) - Ata da Audiência realizada em 06 de agosto de 2014 (clique aqui) Para download do texto introdutório e das Atas das Audiências, em arquivo único, clique aqui. Para voltar ao topo, clique aqui. EXPOSIÇÃO: “REGISTROS DA DITADURA MILITAR NO ABC”
Entre os dias 10 e 25 de abril, no Saguão de Entrada da Câmara de Mauá, houve a exposição Registros da Ditadura Militar no ABC, realizada pela Comissão da Verdade do Município de Mauá com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo Andre e Mauá, que apresentou reproduções fotográficas das mobilizações de 60, a repressão pelo órgãos do governo, intervenções sindicaisi e algumas das mobilizações sociais pró-democracia, como a Marca de 1964 e o 1º de Maio de 68. A exposição buscou, em consonância com os objetivos da Comissão, de tornar públicas as circunstâncias relacionadas à prática de violações aos direitos humanos durante a Ditadura Militar. Para voltar ao topo, clique aqui. RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO DA VERDADE E SEUS DESDOBRAMENTOS
Em 16 de março de 2015 houve a última a reunião dos membros da Comissão da Verdade do Município de Mauá, quando foi apresentado e aprovado o Relatório Final, encerrando os trabalhos da respectiva Comissão. Esse documento, de 71 páginas, foi encaminhado para a Comissão Nacional da Verdade, para as Comissões da Verdade da Região do Grande ABC e de São Paulo, para as Câmaras da Região do Grande ABC e à Câmara Municipal de São Paulo. Você pode ler o Relatório Final da Comissão da Verdade do Município de Mauá clicando aqui. DESDOBRAMENTOS
Como desdobramento dos trabalhos dessa Comissão, foi sugerida à Comissão Nacional da Verdade, que encaminhe ao Congresso Nacional a necessidade de elaboração, por legislação federal, de um “estatuto de sepultamento”, visando que não mais se permita o sepultamento e/ou cremação de pessoas não identificadas sem que se faça uma identificação pelos meios possíveis, principalmente DNA, e posterior arquivamento obrigatório destes dados, com a constituição de banco próprio. A Comissão sugeriu às Comissões Nacional e Estadual da Verdade acompanharem o andamento das ações civis e penais movidas pelo Ministério Público, por familiares de desaparecidos e vítimas da tortura, propugnando pelo regular processamento; que aprofundem a identificação dos indivíduos apontados como torturadores no Relatório Final, para fins históricos e de ações regressivas do Poder Público contra os mesmos e que haja revogação do Decreto nº 13756, que trata da permissão de uso do terreno estadual ao DOI-CODI; e transformar a ex-sede do Departamento em um memorial à democracia; que investiguem relatos de que militares também sofreram perseguição e perderam suas patentes por não compactuar com a exceção institucional que se instalara, ou ainda sofreram perseguição durante o regime porque não demonstravam alinhamento automático; Além disso, a Comissão oficiou a Prefeitura, sugerindo que no Museu Barão de Mauá haja um espaço reservado à memória da resistência e da luta contra a Ditadura Militar no Município. O Relatório Final da Comissão da Verdade do Município de Mauá, contendo as propostas de desdobramento do material levantado, você pode conferir clicando aqui. Para voltar ao topo, clique aqui.
Além disso, é possível fazer o download do material relacionado (cujos links encontram-se ao final dos tópicos).
CRIAÇÃO
A Comissão Especial Temporária denominada Comissão da Verdade do Município de Mauá foi criada por meio do Requerimento 1.327/13, de autoria do Vereador Wagner Rubinelli (Processo 82.275).
Os trabalhos da Comissão da Verdade de Mauá foram iniciados entre 22 de outubro de 2013 e encerrados em 16 de março de 2015, tendo sido composta pelos vereadores Wagner Rubinelli (presidente), Edgard Grecco Filho (vice-presidente) e Ricardo Manoel de Almeida, o Ricardinho da Enfermagem (relator).
Essa Comissão teve como objetivo colaborar com a Comissão Nacional da Verdade, instituída pela Lei Federal nº 12.528, de 18 de novembro de 2011, e com a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, instituída pela Resolução n° 879, de 10 de fevereiro de 2012.
Buscou-se esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos ocorridos no Município de Mauá. Além disso, esclarecer os casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres (e seus autores) e a identificação e publicização das estruturas, dos locais, das instituições e das circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade brasileira, especificamente as que envolvem ou envolveram o Município de Mauá e seus cidadãos.
PRINCÍPIOS
Os trabalhos da Comissão da Verdade de Mauá foram norteados pelos seguintes princípios:
I - Interação democrática entre a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo e a Comissão Nacional da Verdade, como instrumento de fortalecimento do direito a memória, a verdade e à justiça;
II - Promoção de esclarecimentos em relação às graves violações de direitos humanos ocorridas no Município de Mauá ou praticadas por agentes públicos municipais, durante o período fixado no artigo 8° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.
OBJETIVOS
Os objetivos da Comissão da Verdade de Mauá foram:
I - Esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos ocorridos no Município de Mauá;
II - Promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria;
III - Identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos e suas eventuais ramificações nos diversos aparelhos estatais e na sociedade;
IV - Encaminhar aos órgãos públicos competentes toda e qualquer informação obtida que possa auxiliar na localização e identificação de corpos e restos mortais de desaparecidos políticos, nos termos do Artigo 1° da Lei Federal n° 9.140, de 04 de dezembro de 1995;
V - Colaborar com todas as instâncias do Poder Público para apuração de violação de direitos humanos;
VI - Recomendar a adoção de medidas e políticas públicas para prevenir violação de direitos humanos, assegurar sua não-repetição e promover a efetiva consolidação do Estado de Direito Democrático;
VII - Promover, com base nos informes obtidos, a reconstrução da história dos casos de graves violações de direitos humanos, bem como colaborar para que seja prestada assistência às vítimas de tais violações.
Foram realizadas 2 (duas) audiências públicas, a primeira em 25 de abril de 2014 e a segunda em 06 de agosto de 2014, ambas no Plenário Ruy Barbosa, na Sede da Câmara Municipal de Mauá, e denominadas “DITADURA MILITAR: FATOS E CONSEQUÊNCIAS DAS PERSEGUIÇÕES”.
Na oportunidade, prestaram depoimento, convidados por sugestão dos membros da Comissão, pessoas que, direta ou indiretamente, tinham relatos a fazer sobre o período da Ditadura Militar e as graves violações aos direitos humanos ocorridas, cujo rol é dado a seguir.
Na audiência de 25 de abril de 2014:
- o representante do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Mauá (Condephaat-Ma), Professor William Puntschart
- o ex-deputado federal Ricardo Zaratini
- a representante do Centro de Memória e Resistência do Povo de Mauá e Região, Maria Júlia Oliveira Lobo
- o Padre José Mahon
- o ex-vereador de Mauá Olivier Negri Filho
Na audiência pública de 06 de agosto de 2014:
- a Coordenadora de Políticas de Direito à Memória e à Verdade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, Carla Juliana Picinati Borges
- o Padre Walfrides Praxedes
- Hélio Jerônimo da Silva
- Luiz Soares da Cruz
- a ex-vereadora de Mauá Diva Alves
- a professora mestre da Faculdade FAMA, Raquel Quintino.
Para acesso completo às Atas das Audiências Públicas, consulte:
- Ata da Audiência realizada em 25 de abril de 2014 (
clique aqui)
- Ata da Audiência realizada em 06 de agosto de 2014 (
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Para download do texto introdutório e das Atas das Audiências, em arquivo único,
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Entre os dias 10 e 25 de abril, no Saguão de Entrada da Câmara de Mauá, houve a exposição Registros da Ditadura Militar no ABC, realizada pela Comissão da Verdade do Município de Mauá com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo Andre e Mauá, que apresentou reproduções fotográficas das mobilizações de 60, a repressão pelo órgãos do governo, intervenções sindicaisi e algumas das mobilizações sociais pró-democracia, como a Marca de 1964 e o 1º de Maio de 68.
A exposição buscou, em consonância com os objetivos da Comissão, de tornar públicas as circunstâncias relacionadas à prática de violações aos direitos humanos durante a Ditadura Militar.
Em 16 de março de 2015 houve a última a reunião dos membros da Comissão da Verdade do Município de Mauá, quando foi apresentado e aprovado o Relatório Final, encerrando os trabalhos da respectiva Comissão.
Esse documento, de 71 páginas, foi encaminhado para a Comissão Nacional da Verdade, para as Comissões da Verdade da Região do Grande ABC e de São Paulo, para as Câmaras da Região do Grande ABC e à Câmara Municipal de São Paulo.
Você pode ler o Relatório Final da Comissão da Verdade do Município de Mauá
clicando aqui.
DESDOBRAMENTOS
Como desdobramento dos trabalhos dessa Comissão, foi sugerida à Comissão Nacional da Verdade, que encaminhe ao Congresso Nacional a necessidade de elaboração, por legislação federal, de um “estatuto de sepultamento”, visando que não mais se permita o sepultamento e/ou cremação de pessoas não identificadas sem que se faça uma identificação pelos meios possíveis, principalmente DNA, e posterior arquivamento obrigatório destes dados, com a constituição de banco próprio.
A Comissão sugeriu às Comissões Nacional e Estadual da Verdade acompanharem o andamento das ações civis e penais movidas pelo Ministério Público, por familiares de desaparecidos e vítimas da tortura, propugnando pelo regular processamento; que aprofundem a identificação dos indivíduos apontados como torturadores no Relatório Final, para fins históricos e de ações regressivas do Poder Público contra os mesmos e que haja revogação do Decreto nº 13756, que trata da permissão de uso do terreno estadual ao DOI-CODI; e transformar a ex-sede do Departamento em um memorial à democracia; que investiguem relatos de que militares também sofreram perseguição e perderam suas patentes por não compactuar com a exceção institucional que se instalara, ou ainda sofreram perseguição durante o regime porque não demonstravam alinhamento automático;
Além disso, a Comissão oficiou a Prefeitura, sugerindo que no Museu Barão de Mauá haja um espaço reservado à memória da resistência e da luta contra a Ditadura Militar no Município.
O Relatório Final da Comissão da Verdade do Município de Mauá, contendo as propostas de desdobramento do material levantado, você pode conferir
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